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Atos pela revogação do NEM ecoam as vozes de jovens por todo Brasil

No último dia 11 de agosto pelas capitais de todo Brasil, estudantes, educadoras/es, juventudes e sociedade civil mobilizaram manifestações pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM), por uma educação de qualidade e pela garantia de orçamento da pasta para essa etapa da educação básica.

A reforma que foi implementada no estado de São Paulo em 2022, vem tomando corpo por todo país, entre as principais mudanças está o número ainda maior de disciplinas, mas frequentemente sem aulas porque não há professoras/es para ministrá-las. As disciplinas obrigatórias e exigidas nos vestibulares, como Geografia, Sociologia e Física, passam a ser quase uma raridade, substituídas por disciplinas como culinária, empreendedorismo ou mídias sociais. Docentes, para cumprir sua carga horária, são obrigados a lecionar áreas ou temas para os quais não têm formação. O acesso ao Ensino Superior fica ainda mais distante. 

O NEM, tende a precarizar a qualidade da educação ou afetar negativamente o acesso de estudantes a disciplinas importantes e, consequentemente, ao acesso ao ensino superior.

A equipe do projeto Tô No Rumo vem acompanhando e apoiando estudantes ao longo dos atos e das pressões políticas por um ensino médio de qualidade, que escute as demandas das/os estudantes e que ofereça infraestrutura nas escolas como laboratórios de ciências e informática, acesso à internet banda larga, quadra poliesportiva coberta, quantidade adequada de estudantes por turma etc, além da valorização das profissionais da educação. 

“Suspensão não é revogação. Se temos que lidar com o ensino médio nessa situação decadente de falta de estrutura escolar, das disciplinas, da falta de professores e qualidade para chegar até a escola, como vamos conseguir reivindicar nosso lugar nas universidades, na ciência, no país, no mundo, na política?” (estudante do 2o ano de ETEC EM)

“Um ensino médio de qualidade é o que nos faz ter uma visão de mundo melhor e não precária como está com o Novo Ensino Médio, pois tiraram várias matérias do nosso currículo escolar e estamos sendo obrigadas a fazer prova com matéria que nem temos mais” (estudante do 2o ano do EM).

“Queremos um Ensino Médio combativo, popular em que os estudantes possam ser o que quiserem, que ensine pensamento crítico e as ciências humanas e que as matérias que caem nos vestibulares sejam ensinadas nas aulas”(estudante do 1o ano do EM e vice-presidente do Grêmio Estudantil).

Em São Paulo
Nas últimas semanas, o governo do Estado anunciou e sinalizou medidas que precarizam ainda mais a educação pública, como a não adesão ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e a instalação de aplicativos nos celulares particulares de estudantes e professoras/es, como forma de controle e invasão de seus dados pessoais.  

Em Nota Técnica, a REPU (Rede Escola Pública e Universidade)  ressalta a importância dos livros didáticos impressos e critica sua substituição por livros digitais e powerpoints, propostos pelo governo.

Desde o dia 08 de agosto, professoras, professores e funcionários das ETECs estão em greve, por reajuste salarial e condições dignas de trabalho.

 

Atos pela revogação do NEM ecoam as vozes de jovens por todo Brasil
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